Bandeira Tarifária gera receita de mais de R$ 14 bilhões em conta de luz

Os brasileiros pagaram R$ 14,712 bilhões a mais nas contas de luz em 2015 devido à cobrança da bandeira tarifária, adicional criado para arrecadar recursos e cobrir custos extras com o uso de termelétricas. Os números são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).



sistema de bandeiras tarifárias entenda (Foto: Editoria de Arte/G1)

Apesar disso, a arrecadação das bandeiras ficou abaixo dos R$ 17 bilhões previstos inicialmente pela Aneel. Isso se deve à redução, em agosto, no valor da bandeira vermelha, mais cara, de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts-hora (kWh) de energia consumidos.


Seguindo essa tendência, na quarta-feira (3) o Ministério de Minas e Energia anunciou o rebaixamento da bandeira, de vermelha para amarela, o que vai reduzir a cobrança adicional nas contas de luz para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos em março.

Será a primeira vez desde a implantação do sistema, em janeiro do ano passado, que a bandeira sairá do vermelho, indicando a melhora das chuvas e do volume de água nos reservatórios das hidrelétricas antes afetadas pela seca. Isso vem permitindo o desligamento de parte das termelétricas e, portanto, reduz a necessidade de arrecadação das bandeiras.

Bandeira pode ficar verde em abril

Durante o anúncio do rebaixamento da bandeira, de vermelha para amarela, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que ela pode ser levada para verde já no mês de abril. A decisão cabe ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e significaria a suspensão da cobrança adicional nas tarifas.

Nos últimos meses a situação melhorou, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, onde estão hidrelétricas responsáveis por cerca de 70% da capacidade brasileira de geração.

As represas das hidrelétricas dessas duas regiões tiveram em 2016 o melhor janeiro desde 2012. No dia 2 de fevereiro, marcavam armazenamento médio de 45% da capacidade máxima. No ano passado, nessa mesma data, a situação era bem diferente. Após o janeiro mais seco em 85 anos, elas registravam nível médio de 16,7%.



fonte:G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados e posteriormente publicado.